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30 de agosto de 2011


E agora, finalmente agora, me dei conta que não era de você que eu gostava. Era de uma idealização-do-amor-perfeito que encontrei em você. De primeiro instante, você era imperfeitamente perfeito para mim. Atrapalhado, ajustado aos mínimos detalhes para se encaixar comigo. E funcionou. Achei a pensar que tinha encontrado-a-metade-da-minha-laranja. Olha a infantilidade. Vendo assim, dá até pra rir. Logo eu, que não acreditara nessas babaquices de sentimentos, quanto mais de alma gêmea. Logo eu, fechada e desacreditada. Logo eu, fui cair nessa confusão toda. Quase me deixei cair no buraco negro novamente, dá pra acreditar? Porém, a ficha dessa vez caiu mais cedo, e vi que não era por você que eu estava me apaixonando. E sim por alguém que fantasiei, na simetria que sempre sonhei encontrar. Por alguém que na verdade não existia, há não ser dentro de mim. Porém, me curei. Me livrei. Voltei a ser fechada-e-desacreditada.

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30 de agosto de 2011


E agora, finalmente agora, me dei conta que não era de você que eu gostava. Era de uma idealização-do-amor-perfeito que encontrei em você. De primeiro instante, você era imperfeitamente perfeito para mim. Atrapalhado, ajustado aos mínimos detalhes para se encaixar comigo. E funcionou. Achei a pensar que tinha encontrado-a-metade-da-minha-laranja. Olha a infantilidade. Vendo assim, dá até pra rir. Logo eu, que não acreditara nessas babaquices de sentimentos, quanto mais de alma gêmea. Logo eu, fechada e desacreditada. Logo eu, fui cair nessa confusão toda. Quase me deixei cair no buraco negro novamente, dá pra acreditar? Porém, a ficha dessa vez caiu mais cedo, e vi que não era por você que eu estava me apaixonando. E sim por alguém que fantasiei, na simetria que sempre sonhei encontrar. Por alguém que na verdade não existia, há não ser dentro de mim. Porém, me curei. Me livrei. Voltei a ser fechada-e-desacreditada.

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