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25 de maio de 2011

Do mesmo jeito, mas de um jeito tão diferente.


outro desabafo
No começo do ano prometi a mim mesma que tudo seria diferente, que eu passaria longe da esquina da tristeza e nem me ousaria a entrar no bar das mágoas profundas e lembranças avassaladoras. Eu estava até conseguindo. Mantendo minha cabeça ocupada, tentando desocupar o coração e sem motivos que me deixassem triste. Estava tudo perfeito, até não acontecer nada. É isso. Porque por passar tanto tempo sozinha, você cria fantasias. Daí aparece alguém, que é perfeitamente do seu ''tipo''. Que é alegre, bobo, chato e metido. Que te arranca sorriso na mesma hora que te faz raiva. Que te dá carinho e beliscão. Ai você começa a alimentar essa planta-da-esperança-perdida. Alimenta, alimenta. Vai se ocupando, vai esquecendo quem tinha pra esquecer. Tudo MARAVILHOSO. De repente, esse alguém vai e some. Só some. Deixa você de lado - da mesma maneira que deixa a mochila quando chega do colégio. Ele esquece de você com uma facilidade... e você se pergunta: ''onde foi que eu errei?..'' Em canto nenhum. Eu não errei em nada. A não ser, em ser frágil. A não ser, em ser bobinha, a ponto de achar que alguém vai estar afim de mim e não só de me beijar. A não ser imaginar demais, sonhar demais, quebrar-a-cara demais. Mas quem ta livre disso? Quantas vezes isso não já aconteceu comigo? É, a gente acostuma. Eu pelo menos me acostumei tanto, que nem sinto mais nada.
Enfim, já que o garoto-ideal sumiu, só me restou voltar para o bar das mágoas e das lembranças, eu não queria não. Eu não ia aguentar não, tudo de novo não. A mesma depressão novamente não. Mais um ano perdido não. Mas o que eu posso fazer? Eu evitei o tempo todo, eu achei que tinha me libertado desse sentimento mediócre pelo carinha fútil do ano passado. Mas eu tenho quem alem de mim? Eu tenho o que além das lembranças ruins? Eu tenho quem pra me animar e não me deixar cair no buraco novamente? Ninguém. Sou só eu. E apesar da força que tenho aqui dentro ser enorme e cheia de vontade, eu ainda não consigo me levantar por completo sozinha. Preciso de alguma segurança, alguma voz que me diga: '' tu é forte, e vai conseguir mais essa''. Uma segurança que ninguém dá, uma voz que não existe.

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25 de maio de 2011

Do mesmo jeito, mas de um jeito tão diferente.


outro desabafo
No começo do ano prometi a mim mesma que tudo seria diferente, que eu passaria longe da esquina da tristeza e nem me ousaria a entrar no bar das mágoas profundas e lembranças avassaladoras. Eu estava até conseguindo. Mantendo minha cabeça ocupada, tentando desocupar o coração e sem motivos que me deixassem triste. Estava tudo perfeito, até não acontecer nada. É isso. Porque por passar tanto tempo sozinha, você cria fantasias. Daí aparece alguém, que é perfeitamente do seu ''tipo''. Que é alegre, bobo, chato e metido. Que te arranca sorriso na mesma hora que te faz raiva. Que te dá carinho e beliscão. Ai você começa a alimentar essa planta-da-esperança-perdida. Alimenta, alimenta. Vai se ocupando, vai esquecendo quem tinha pra esquecer. Tudo MARAVILHOSO. De repente, esse alguém vai e some. Só some. Deixa você de lado - da mesma maneira que deixa a mochila quando chega do colégio. Ele esquece de você com uma facilidade... e você se pergunta: ''onde foi que eu errei?..'' Em canto nenhum. Eu não errei em nada. A não ser, em ser frágil. A não ser, em ser bobinha, a ponto de achar que alguém vai estar afim de mim e não só de me beijar. A não ser imaginar demais, sonhar demais, quebrar-a-cara demais. Mas quem ta livre disso? Quantas vezes isso não já aconteceu comigo? É, a gente acostuma. Eu pelo menos me acostumei tanto, que nem sinto mais nada.
Enfim, já que o garoto-ideal sumiu, só me restou voltar para o bar das mágoas e das lembranças, eu não queria não. Eu não ia aguentar não, tudo de novo não. A mesma depressão novamente não. Mais um ano perdido não. Mas o que eu posso fazer? Eu evitei o tempo todo, eu achei que tinha me libertado desse sentimento mediócre pelo carinha fútil do ano passado. Mas eu tenho quem alem de mim? Eu tenho o que além das lembranças ruins? Eu tenho quem pra me animar e não me deixar cair no buraco novamente? Ninguém. Sou só eu. E apesar da força que tenho aqui dentro ser enorme e cheia de vontade, eu ainda não consigo me levantar por completo sozinha. Preciso de alguma segurança, alguma voz que me diga: '' tu é forte, e vai conseguir mais essa''. Uma segurança que ninguém dá, uma voz que não existe.

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