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28 de maio de 2011

Caio Fernando Abreu


Dor é assim mesmo, arde, depois passa. A gente acha que nao vai aguentar, mas aguenta. Você acha que não, porque esperar uma dor passar é como olhar um transatlântico no mar estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olhar, lê uma revista, conversa com suas amigas, toma um sorvete e quando vê o barco já está longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levanta dai, vai conversar com as suas amigas, tomar um sorvete e quando você ver, passou.

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28 de maio de 2011

Caio Fernando Abreu


Dor é assim mesmo, arde, depois passa. A gente acha que nao vai aguentar, mas aguenta. Você acha que não, porque esperar uma dor passar é como olhar um transatlântico no mar estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olhar, lê uma revista, conversa com suas amigas, toma um sorvete e quando vê o barco já está longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levanta dai, vai conversar com as suas amigas, tomar um sorvete e quando você ver, passou.

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