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11 de setembro de 2011


Eu, que não tenho nada de especial a ser contado, nada de surreal que tenha acontecido em minha vida, pelo qual eu tenha me transformado em um ser forte. Eu, que não passo de mais um em meio de tantos bilhões existentes por aí. Logo eu, que nunca fui a preferida, a querida, a mais importante para ninguém. Eu, consegui me ver como importante. Como gente. Como alguém que merecia o meu respeito. O meu valor própio. O meu amor correspondido. Durante tempos, anos, passei por experiencias que normalmente eu denominaria de fim-do-mundo. Infantilidade passando dos limites. Um amor adolescente não correspondido, amigos te virando as costas e indo embora da tua vida, pessoas cobrando de você, esperando que tu seja algo, pelo qual você não quer ser, a escola indo para o brejo, notas vermelhas frequentemente, as pessoas rindo de você, zuações, você virando motivo de piada entre todos eles, aquela pressão, aquelas disilusões, decepções... Que nada disso era o fim do mundo, mas como menina nova, que acabara de entrar em uma nova fase, inesperiente em tudo, logo fui me afundando, me desmanchando. Que cacos, que câos, desmoronei por nada, sofri por nada, se senti um lixo por nada, desacreditei até de mim, por nada! Inacreditavel, não podia tá acontecendo isso. Não comigo. 'Aquilo' não era eu. Jamais poderia ser, eu não era assim. Eu não era disso. De fingir. E eu estava fingindo ser algo que não era, e isso durou anos. Eu sorria e fazia a pose de menina-feliz-com-a-vida quando na verdade eu sangrava, esperneava, gritava e chorava por dentro. Eu vi pessoas indo embora, sem mais nem menos e eu não pude nem pedir pra elas ficarem, porque o orgulho tomou conta de mim. Eu me vi tomando atitudes, que em estado normal, eu não tomaria. Eu me calei, quando eu mais devia falar. Eu falei, quando o mais provável era meu silêncio. Eu me transformei em um ser viciado em solidão, como já dizia Caio F Abreu. Conviver com os outros já não era mais o meu forte. E isso só aumentava. Não sabia mais como me livrar dessa tortura que era sofrer por nada. Passava, vezenquando, e voltava pior do que nunca. O que será de tão bom que me esperava, pra essa tempestade não passar de vez? Sempre indo e vindo... dando voltas com rumos diferentes, com nuvens diferentes. As nuvens, no entanto são as pessoas. Que mudam de corpos, mas os sentimentos ruins continuam os mesmos. Daí, eu me dei conta, que eu não poderia esperar a cura cair do céu e nem era ninguém que iria trazer o bendito remédio até mim. Seria eu, mas uma vez, que teria que aprender a me virar sozinha, aos trancos, e reaprender a formula da felicidade, da individualidade. Porque ninguém iria aprecer na minha vida e me ajudar a ser quem eu era antes. Isso nem eu queria voltar a ser. Eu sabia que iria passar, eu sabia que iria superar isso e mais um montão de obstaculos que viriam pela frente. Eu sei que daqui há alguns anos eu vou agradecer por tudo que eu passei, pois isso me fez crescer bastante. Eu sei que isso já me fez forte, que eu amadureci. Eu sei de tudo isso. Mesmo que tenham sido 'meros' desafios, mesmo que tenham sido minusculas dificuldades. Elas me machucaram. E eu aprendi a conviver com elas. Com minhas cicatrizes internas. Eu agradeço, todo tempo, por ser a pessoa que sou hoje!

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11 de setembro de 2011


Eu, que não tenho nada de especial a ser contado, nada de surreal que tenha acontecido em minha vida, pelo qual eu tenha me transformado em um ser forte. Eu, que não passo de mais um em meio de tantos bilhões existentes por aí. Logo eu, que nunca fui a preferida, a querida, a mais importante para ninguém. Eu, consegui me ver como importante. Como gente. Como alguém que merecia o meu respeito. O meu valor própio. O meu amor correspondido. Durante tempos, anos, passei por experiencias que normalmente eu denominaria de fim-do-mundo. Infantilidade passando dos limites. Um amor adolescente não correspondido, amigos te virando as costas e indo embora da tua vida, pessoas cobrando de você, esperando que tu seja algo, pelo qual você não quer ser, a escola indo para o brejo, notas vermelhas frequentemente, as pessoas rindo de você, zuações, você virando motivo de piada entre todos eles, aquela pressão, aquelas disilusões, decepções... Que nada disso era o fim do mundo, mas como menina nova, que acabara de entrar em uma nova fase, inesperiente em tudo, logo fui me afundando, me desmanchando. Que cacos, que câos, desmoronei por nada, sofri por nada, se senti um lixo por nada, desacreditei até de mim, por nada! Inacreditavel, não podia tá acontecendo isso. Não comigo. 'Aquilo' não era eu. Jamais poderia ser, eu não era assim. Eu não era disso. De fingir. E eu estava fingindo ser algo que não era, e isso durou anos. Eu sorria e fazia a pose de menina-feliz-com-a-vida quando na verdade eu sangrava, esperneava, gritava e chorava por dentro. Eu vi pessoas indo embora, sem mais nem menos e eu não pude nem pedir pra elas ficarem, porque o orgulho tomou conta de mim. Eu me vi tomando atitudes, que em estado normal, eu não tomaria. Eu me calei, quando eu mais devia falar. Eu falei, quando o mais provável era meu silêncio. Eu me transformei em um ser viciado em solidão, como já dizia Caio F Abreu. Conviver com os outros já não era mais o meu forte. E isso só aumentava. Não sabia mais como me livrar dessa tortura que era sofrer por nada. Passava, vezenquando, e voltava pior do que nunca. O que será de tão bom que me esperava, pra essa tempestade não passar de vez? Sempre indo e vindo... dando voltas com rumos diferentes, com nuvens diferentes. As nuvens, no entanto são as pessoas. Que mudam de corpos, mas os sentimentos ruins continuam os mesmos. Daí, eu me dei conta, que eu não poderia esperar a cura cair do céu e nem era ninguém que iria trazer o bendito remédio até mim. Seria eu, mas uma vez, que teria que aprender a me virar sozinha, aos trancos, e reaprender a formula da felicidade, da individualidade. Porque ninguém iria aprecer na minha vida e me ajudar a ser quem eu era antes. Isso nem eu queria voltar a ser. Eu sabia que iria passar, eu sabia que iria superar isso e mais um montão de obstaculos que viriam pela frente. Eu sei que daqui há alguns anos eu vou agradecer por tudo que eu passei, pois isso me fez crescer bastante. Eu sei que isso já me fez forte, que eu amadureci. Eu sei de tudo isso. Mesmo que tenham sido 'meros' desafios, mesmo que tenham sido minusculas dificuldades. Elas me machucaram. E eu aprendi a conviver com elas. Com minhas cicatrizes internas. Eu agradeço, todo tempo, por ser a pessoa que sou hoje!

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